quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sala P.F. Gastal recebe festival internacional de filmes

 Filmes Independentes Japoneses em Porto Alegre.

 Estou com problemas "técnicos" e por isso com dificuldade de postar, daí essas informações tão em cima da hora. Mas pelo que eu li são filmes bem interessantes e de difícil acesso nestas bandas do sul. Acho que vale a pena conferir!
Não esqueçam que a mostra é gratuita, só é preciso chegar antes pra retirar os ingressos.


"Até domingo, os cinéfilos poderão ver um pouco da programação do festival Indie, que há 12 anos apresenta um panorama da melhor produção independente internacional em Belo Horizonte e em São Paulo e chega pela primeira vez com sua itinerância à Sala P.F. GastalMais informações da sala aqui. 
 
A sala da Usina do Gasômetro, que dois anos atrás presenteou os porto-alegrenses com históricas sessões das duas obras-primas de Apichatpong Weerasethakul (Mal dos Trópicos e Síndromes e um Século), agora apresenta o novo filme do cultuado cineasta tailandês. Hotel Mekong abre a mostra às 20h (a retirada de ingressos começa às 19h). É o único dos 13 longas que serão exibidos até domingo a ter uma segunda sessão – sábado, às 15h30min. Para ver os outros 12 na sala de cinema você não terá uma segunda chance.

Há, além de Hotel Mekong, duas raridades da filmografia do americano Charles Burnett, uma delas (O Matador de Ovelhas) recorrente em listas de melhores filmes do mundo. Há, também, o novo longa da japonesa Naomi Kawase (Vestígio), que com títulos como o bom Hanezu, exibido na Mostra de São Paulo em 2011, consolidou uma obra madura sobre a identidade cultural de seu país através dos séculos.

Dois filmes do russo Aleksey Balabanov (Irmão, que o lançou nos anos 1990, e o recente Cargo 200) e outros dois do japonês Kazuyoshi Kumakiri (o badalado Kichiku: Banquete das Bestas e o novo Esboços da Cidade de Kaitan) também integram a mostra. Balabanov e Kumakiri, assim como Burnett, foram homenageados no Indie em Belo Horizonte e em São Paulo – o programa disponibilizado em Porto Alegre serve como uma espécie de porta de entrada para a obra do trio.
– Balabanov é tido como um dos grandes cronistas da Rússia pós-glasnost. Burnett foi considerado pelo New York Times o mais talentoso entre os cineastas negros dos EUA. Kumakari construiu uma obra aclamada pela inusitada combinação de horror e denúncia política – comenta Bernardo José de Souza, coordenador de cinema da Secretaria da Cultura da Capital, mantenedora da P.F. Gastal e correalizadora da mostra ao lado da Surreal Filmes.
O biscoito mais fino da produção brasileira também está representado com O Som ao Redor (2012), de Kléber Mendonça Filho. Candidatíssimo a filme nacional do ano, traça um painel contundente de como a violência se infiltra no dia a dia nas grandes cidades – sem esquecer de como a herança coronelista foi determinante para que esta mesma violência marcasse o Brasil contemporâneo.
O Som ao Redor deve estrear, nos próximos meses, ao menos nas salas do circuito alternativo. Quanto aos demais, é melhor esperar sentado uma nova chance. Ou correr para o cinema do Gasômetro."

Fonte: Zero Hora :

Quando a Noite Cai(Wo Hai You Hua Yao Shuo, 2012)Melhor direção no Festival de Locarno, este filme-denúncia conta a história de um jovem que matou seis policiais e foi condenado à morte pelo governo chinês, que decretou sua sentença sem respeitar as formalidades judiciais legais. O diretor é o sul-coreano Ying Liang, nunca antes lançado no Brasil. Quarta-feira, às 17h30min.

O Som ao Redor (2012)Primeiro longa ficcional do premiado autor pernambucano de curtas Kléber Mendonça Filho (Vinil Verde, Recife Frio), é um dos melhores filmes brasileiros dos últimos anos. O ator e realizador gaúcho Gustavo Jahn protagoniza a trama que narra diversos acontecimentos em uma rua de um bairro de classe média de Recife, sobretudo ligados à segurança e à herança coronelista do nordeste do país. Foi premiado em Gramado e Roterdã. Quarta-feira, às 19h30min.

O Casamento do Meu Irmão(My Broter’s Wedding, 1983)Um jovem que trabalha na lavanderia dos pais reflete sobre o futuro enquanto observa seus amigos sucumbindo à criminalidade. Segundo longa de Charles Burnett, foi lançado à revelia do diretor, antes que este pudesse considerá-lo finalizado. A cópia que será exibida é a resultante da volta de Burnett ao projeto para a conclusão do que seria considerado uma "versão do diretor", de 2007. Quinta-feira, às 17h30min.

Kichiku: Banquete das Bestas
Kichiku Dai Enkai, 1997)Impactante estreia do japonês Kazuyoshi Kumakiri (diretor de Antena), usa violência para dar contundência política à história de um grupo formado por estudantes de esquerda no Japão da década de 1970. O líder do bando comete suicídio na cadeia, o que desencadeia sequências de acontecimentos brutais que envolvem sua namorada, a sucessora na hierarquia do grupo. Quinta-feira, às 19h30min.

É Possível que a Beleza Tenha Fortalecido Nossa Determinação
(Il Se Peut que la Beauté Ait Renforcé Notre Résolution, 2011)
Homenagem do realizador francês Philippe Grandieux a Masao Adachi, diretor e roteirista japonês dos anos 1960 que largou o cinema para se juntar, em 1971, ao Exército Vermelho do Japão. Ele voltou a trabalhar, entre outros projetos, no roteiro de Caterpillar, premiado no Festival de Berlim de 2010. Este documentário dá voz a Adachi, hoje com 73 anos. Sexta-feira, às 15h30min

Vestígio
(Chiri, 2012)
Assinado pela japonesa Naomi Kawase, habitué do Festival de Cannes e da Mostra de São Paulo, este drama acompanha o fim da vida da mãe adotiva da diretora. Ao reencenar a rotina da mulher, a diretora de Hanezu (2011) encontra temas fundamentais de seus filmes, como a morte e a herança das gerações passadas. Sexta-feira, às 17h30min.

Apenas o Vento
(Csak a Szél, 2012)
Produção húngara assinada pelo jovem cineasta Benedek Iegauf, acompanha o dia a dia de uma aldeia de famílias pobres de origem cigana. A câmera do realizador de Ventre (2010) flagra a ansiedade frente às ameaças dos atos de violência contra o povo cigano da Hungria. Três troféus no último Festival de Berlim, entre eles o grande prêmio do júri. Sexta-feira, às 19h30min.

Hotel Mekong (2012)Primeiro longa de Apichatpong Weerasethakul após a Palma de Ouro em Cannes por Tio Boonmee, que Pode Recordar suas Vidas Passadas (2010). Em 61 minutos de projeção, o autor de Mal dos Trópicos (2004) embaralha realidade e ficção para explorar os vínculos possíveis entre uma mãe vampira e sua filha, jovens amantes e a mitologia em torno do rio Mekong, na fronteira da Tailândia com o Laos, às margens do qual fica o hotel que dá nome ao filme. Terça-feira, às 20h, e sábado, às 15h30min.

Irmão
(Brat, 1997)
O cineasta russo Aleksey Balabanov alcançou o reconhecimento junto à crítica internacional nos anos 1990 com este drama sobre a volta para casa de um soldado após uma guerra humilhante. Ao falar sobre um homem que não consegue encontrar a paz após habituar-se à violência, Balabanov refletiu sobre a dura realidade diante da qual a Rússia se viu à época. Sábado, às 17h30min

Esboços da Cidade de Kaitan(Kaitanshi Jokei, 2010)Dirigido pelo prolífico Kazuyoshi Kumakiri, este drama acompanha histórias paralelas e ordinárias que falam sobre perda. Trata-se de um filme menos violento, mas não menos político, do diretor de Kichichu: Banquete das Bestas (1997). Sábado, às 19h30min.

3.11 Sentir-se em Casa
(3.11 A Sense of Home, 2011)
Projeto idealizado por Naomi Kawase no qual diversos cineastas japoneses refletem sobre o tsunami de 11 de março de 2011. São 21 filmes curtos, cada um com 3 minutos e 11 segundos, que formam um retrato irregular porém pungente sobre o significado universal dos conceitos de família, casa e raízes geográficas. Domingo, às 15h30min.

Cargo 200
(Gruz 200, 2007)
Neste thriller violento premiado no Festival de Roterdã, Aleksey Balabanov faz um retrato da decadência moral da Rússia contemporânea ao abordar dois crimes cometidos numa mesma noite em Leninsk. Um deles é o sequestro da filha de um líder comunista. O outro, um assassinato cruel cometido na periferia da cidade. Ambos são investigados pelo maníaco comandante da polícia local. Domingo, às 17h30min.

O Matador de Ovelhas
(Killer of Sheep, 1977)
Aclamado primeiro longa de Charles Burnett que o New York Times elegeu um dos cem maiores filmes de todos os tempos, narra a rotina pacata mas ao mesmo tempo sufocante de um trabalhador negro, sensível e sonhador, que sobrevive alheio e indiferente apesar de seu trabalho em um abatedouro. Vencedor do prêmio da crítica internacional (Fipresci) no Festival de Berlim de 1977. Domingo, às 19h30min.





Toda a programação da Mostra Indie tem entrada franca.
Horários
Terça-feira (9 de outubro)
19:00 – Coquetel de abertura da Mostra Indie, seguido da exibição de Hotel Mekong, de Apichatpong Weerasethakul
Quarta-feira (10 de outubro)
17:30 – Quando a Noite Cai (Mostra Indie) – digital
19:30 – O Som ao Redor (Mostra Indie) – 35mm
Quinta-feira (11 de outubro)
17:30 – O Casamento do Meu Irmão (Mostra Indie) – 35mm
19:30 – Kichiku: Banquete das Bestas (Mostra Indie) – 35mm
Sexta-feira (12 de outubro)
15:30 – É Possível que a Beleza Tenha Fortalecido Nossa Determinação (Mostra Indie) – digital
17:30 – Vestígio (Mostra Indie) – digital
19:30 – Apenas o Vento (Mostra Indie) – digital
Sábado (13 de outubro)
15:30 – Hotel Mekong (Mostra Indie) – digital
17:30 – Irmão (Mostra Indie) – 35mm
19:30 – Esboços da Cidade de Kaitan (Mostra Indie) – 35mm
Domingo (14 de outubro)
15:30 – 3.11 Sentir-se em Casa (Mostra Indie) – digital
17:00 – Cargo 200 (Mostra Indie) – 35mm
19:00 – O Matador de Ovelhas (Mostra Indie) – 35mm


Mais informações: Blog da Sala PF Gastal